Vivenciamos quase que diariamente a divulgação de um novo assalto ou arrastão em condomínios. Mas por que esses assaltos ocorrem tanto? Falha na estrutura, falta de cumprimento das normas de acesso e segurança, comportamento do morador, quadrilhas altamente especializadas? Neste caso, todas as alternativas estão corretas.
Quando falamos em disfarces usados para entrar em condomínios, os bandidos usam da criatividade para driblar porteiros despreparados: mulher grávida, corretor de imóveis, agente da polícia federal, técnicos de TV a cabo, colega da escola do filho do morador, primo, irmão do morador, e etc.
“Muitos assaltos e invasões a imóveis ocorrem pela portaria. O ladrão fala que vai à casa do morador dizendo que ele está esperando, e o porteiro abre a porta permitindo que ação aconteça”, comenta Marcelo Voltolin, Gerente Regional de Operações do Grupo GR.
1. Estrutura física
Antigamente os prédios não tinham uma estrutura complexa para entrada e saída de moradores e prestadores de serviço. Em alguns bairros mais tradicionais das grandes capitais, ainda é possível encontrar edifícios onde a portaria se resume a uma mesa no hall de entrada com um funcionário.
Hoje, os modelos evoluíram e surgiram as guaritas (algumas delas blindadas) equipadas com monitores, controles de acesso e banheiro para que o funcionário não deixe o local. Este é o modelo ideal de guarita, que deve estar posicionada a uma altura e distância considerável da rua para boa visualização, devendo estar inserida em um sistema de clausura.
A guarita é o primeiro alvo de uma ação criminosa, por isso, caso ela não tenha uma estrutura correta, aumenta-se a chance de um condomínio ser assaltado.
2. Controle de acesso
Há quem pense que colocar uma clausura na portaria o controle de acesso já está realizando. O controle de acesso vai muito além disso. Ele começa com as regras e normas estabelecidas pelo condomínio, torna-se eficaz com treinamento dos funcionários.
Só deve ter acesso às dependências do condomínio, funcionários, moradores, e pessoas autorizadas por esses. No caso da garagem, antes de abrir o portão, o porteiro deve identificar o motorista e observar se não há risco de entrar alguém com atitudes suspeita.
3. Ausência de segurança eletrônica
Ao contrário do que muitos imaginam, investir em segurança eletrônica não é caro. O ideal é que um condomínio tenha cercas elétricas, iluminação adequada, portões eletrônicos, CFTV (Câmeras), alarmes, ronda com monitoramento 24h e equipamentos com serviços de botão de pânico e vigia alerta.
Outros itens como biometria, são ótimos complementos, principalmente no controle de acesso. A segurança eletrônica deve fazer parte de um projeto de segurança, e as pessoas que o operam devem ser treinadas e aptas para atender e solucionar os contratempos que por ventura aparecerem.
4. Funcionários despreparados
Qualquer funcionário despreparado traz preocupação, desconforto, situações embaraçosas e indesejadas. Os funcionários que trabalham para o condomínio devem estar aptos a cumprir suas funções e devem se adequar as regras de segurança do local.
Exemplos: um faxineiro (a), ao retirar o lixo, jamais deve deixar portões abertos; o porteiro, não deve deixar o posto de trabalho (por isso indicamos que a guarita deve ser um ambiente preparado). Se seu condomínio optar por terceirizar esses serviços com uma empresa, certifique-se que a mesma cumpra todas as leis e realiza treinamentos e cursos periódicos com seus colaboradores.
5. Moradores
São considerados essenciais em um projeto de segurança, pois quando uma quadrilha está apta a assaltar um condomínio, eles estudam muito o perfil dos moradores. Buscam em redes sociais, monitoram horários de entrada e saída, e qualquer deslize, é uma oportunidade para uma ação criminosa.
A maioria das ocorrências que poderia ser evitadas resulta do não cumprimento de normas e procedimentos de segurança ou de falhas cometidas pelos moradores e seus funcionários.
Por isso, o morador também deve seguir as normas de segurança do condomínio, avisar ao porteiro quando espera alguma encomenda, visita de familiar ou prestador de serviço, e evitar expor sua rotina em redes sociais, é chave do sucesso, principalmente quando vai viajar.
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